terça-feira, 15 de novembro de 2011

Os Sudaneses são os Paulistas e os Bantos os Bahianos, certo?

Após ter privadamente comunicado e manifestado a minha insatisfação em relação aos comentários infelizes, engolfados nas ideologias racistas do século passado, em que absurdamente se afirma que uns africanos eram/são mais inteligentes que outros, o autor, a autora neste caso, defendeu-se dizendo que seria apenas uma opinião minha... um ponto de vista.

Demonstro e recito desde já um outro ponto de vista. Simplesmente mudando duas palavras dos comentarios originais da autora.

“Vieram pra’ ca’ pro Brasil pra’ trabalhar como escravos dois grandes grupos de negros. Os negros PAULISTAS e os negros BAHIANOS.

Na verdade os negros PAULISTAS e' que eram os intelectuais, o pessoal que era os ourives (o que executa ou vende objetos de ouro e de prata), o pessoal que trabalhava mais na igreja...Enfim...Era uma outra galera.

...E tinha os negros BAHIANOS que eram os mais brincantes...mais dançarinos, que faziam os trabalhos de roça (terra cheia de mato) e que eram os Congo, Benguelas, Moçambiques."
A. Kandimba

Assista o clip e terá uma melhor ideia sobre o assunto:

10 comentários:

  1. dizer q certos negros são superiores a outros não é racismo?

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  2. Totti,

    Entendo a sua colocação, pelo que entendi você fez uma inversão de valores de um outro texto - que, desculpe a franqueza, é bem equivocado- mas ficou confuso o post porque o texto entre aspas NÃO é meu nem do meu livro como ficou parecendo.

    Faltou dizer quem disse a besteira aí com a qual você faz este jogo de enganos.

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  3. ...E vamos combinar: A expressão "Jongo bantu" é uma redundancia ingenua. Não existe 'Jongo sudanes'. Jongo é tipicamente uma manifestação da área bantu, de Angola mais precisamente.

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  4. Mencionei que as pessoas devem assistir o clip. Logo que assistirem o clip deveria entender o que disse.

    Mudei as palavras Sudaneses/bantus...paulista/bahia nao por terem o mesmo sentido mas para fazerem as pessoas refletirem. Mas nada.

    Depois de fazer a pesquisa, o teste aqui mesmo com amigos no facebook, reparei que a maioria, uns 20, nao viram nada de errado com os comentarios "dela", so' depois que usei o metodo de mudar as palavras que elas pensaram duas vezes.

    Nem lado nenhum menciono que faz parte do seu livro.

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  5. Quando li o texto como termos trocados e uma associação diferente da difundida largamente achei estranho apenas a associação de paulistas com sudaneses... , na realidade vendo o vídeo não achei relação ou intenção/visualização de "superioridade" de Yorubás sobre Bantus, mas sim de diferenças de aplicação de trabalho e aspectos culturais, o uso do termo "mais intelectuais" poderiam ser um indicador dessa visão mas dentro do contexto entendi como uma simples "inadequação de expressão", até porque a opção da entrevistada é pela cultura bantu..., na realidade não vejo como sistemática (pelo menos entre os negros) essa compreensão ou hierarquização entre "nagôs" e bantos, a nossa alta desetinização e amalgamamento das diversas culturas africanas no Brasil, nos torna afro"genéricos", talvez esse aspecto de relação de superioridade, etc... fique mesmo só por conta do nível acadêmico e principalmente entre alguns religiosos..., mas mesmo assim é complicado..., eu por exemplo sou um "bantu" típico, em "terras bantu" sem abrir a boca sempre passei desapercebido... mas religiosamente optei pela cultura Yorubá... (que por sinal me parece bem menos complexa que a bantu), creio que o "sucesso yorubá" vem mesmo de muita "propaganda" e visibilização, coisa que não ocorreu nem ocorre grandemente com as culturas bantu, só resta mesmo é trabalhar para reverter isso.

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  6. Juarez,a comparacao paulista/saudanes/bantu/bahia foi so' uma extrategia para fazer as pessoas pensarem mais no assunto.

    Gostei dos seus comentarios mas nao concordo que seja apenas uma coisa "academica".


    Em relacao ao seu comentario "creio que o "sucesso yorubá" vem mesmo de muita "propaganda" e visibilização", na verdade a coisa nao e' tao facil assim de ser resolvida mesmo que pode-se perguntar como o monumento zumbi dos palmares virou nago.


    Aguarde o projeto em cinematografia e um forte kandandu (abraco)

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  7. é interessante, chama a atenção! mais acho mais necessários é lutar pela igualdade social que passamos desapercebidos por muitos, trabalho com acadêmicos ,com doutores em diversas áreas e sinto muito por ter muito pouco negros nessa profissão. moro em Maceió e tenho muito orgulho por ser negro graças a cristo jesus que me colocou nesse mundo.

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  8. que o eterno Deus venha mostrar a cada um, que ele não faz acepção de pessoas, que amam por igual a cada um. cristo abençoe!

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